Lusofalante Indica




LUSOFALANTE INDICA


20 de Janeiro de 2014


FESTIVAL DE CINE AFRICANO DE CÓRDOBA














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"História Social da Língua Nacional, Diáspora Africana", organização Ivana Stolze Lima e Laura do Carmo, NAU Editora. Textos das organizadoras e de Margarida Petter, Heliana Mello, Yeda Pessoa de Castro, Marcos Leitão de Almeida, Andrea Marzano, Marissa Moorman, Alberto Mussa, Leonardo Mirando Pereira, Sergio Bittencourt Sampaio, Sônia Queiroz, Hebe Mattos, Martha Abreu, Patricia Brandão Couto, Délcio José Bernardo, Ialorixá Mãe Meninazinha d'Oxum, Beatriz Mamigonian e Aires da Mata Machado.


Bela dica de Ruth Monserrat, linguísta especializada em Línguas Indígenas, uma das entrevistadas do Lusofalante.

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"EXPOSIÇÃO QUE HOMENAGEIA ESCRITORES MOÇAMBICANOS EXIBIDA EM PORTUGAL"



Confira em http://www.rm.co.mz/index.php/artes-letras/item/9523-exposicao-que-homenageia-escritores-mocambicanos-exibida-em-portugal.html



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"A surpresa da literatura negra"




Confira em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/24/cultura/1416829709_660565.html


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"100 Cidades Africanas Destruídas Pelos Europeus, parte I"




"PORQUE existem poucos edifícios históricos e monumentos na África subsaariana!


O motivo é simples. Os europeus destruíram a maior parte. Só nos restam os desenhos e descrições de viajantes que visitaram os lugares antes das destruições. Em alguns lugares, ainda se podem ver ruínas. Muitas cidades foram abandonadas e viraram ruína quando os europeus trouxeram doenças exóticas (varíola e gripe) que começaram a se espalhar e matar gente. As ruínas dessas cidades ainda se encontram escondidas. De fato, a maior parte da história de África está ainda soterrada."




11 de Junho de 2014


LUSOFALANTE INDICA

African Photography Network, um belo trabalho!
O African Photography Network apresenta o trabalho de vários fotógrafos do continente africano - entre eles, alguns amigos do Próximo Futuro - a um público global. 

www.africanphotographynetwork.org



Fonte: https://www.facebook.com/proximofuturo?fref=photo




10 de Junho de 2014

LUSOFALANTE INDICA

"Narrativas Poéticas" no Museu da Língua Portuguesa em SP, ótima dica do Próximo Futuro!

A exposição "Narrativas Poéticas" no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo procura criar ligações e estabelecer um diálogo entre obras clássicas da poesia brasileira e algumas obras da arte moderna e contemporânea do país. Mais aqui: http://bit.ly/1kYJw6H



Fonte: https://www.facebook.com/proximofuturo?fref=photo



9 de Junho de 2014

LUSOFALANTE INDICA

Beleza e fortaleza nas palavras da maravilhosa escritora moçambicana, Paulina Chiziane, uma das presenças especiais no Lusofalante!Beleza e fortaleza nas palavras da maravilhosa escritora moçambicana, Paulina Chiziane, uma das presenças especiais no Lusofalante!


Fonte: http://v2.videos.sapo.mz/OaPwHwc4rhiMAQ5LLQjS


31 de Maio de 2014

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O historiador, embaixador, escritor, brasileiro Alberto da Costa e Silva, referência mundial no estudo das Áfricas é o vencedor do Prêmio Camões deste ano.
Vejam um de seus artigos para o primeiro número do jornal do Próximo Futuro.
O historiador brasileiro Alberto Costa e Silva é o vencedor deste ano do Prémio Camões. Alberto Costa e Silva foi um dos primeiros colaboradores do Programa Próximo Futuro, tendo escrito um texto - A África e o Brasil - para o primeiro número do nosso jornal em 2009. Podem ler o texto aqui: http://bit.ly/1pukEqc



Fonte: https://www.facebook.com/proximofuturo?fref=photo

















30 de Maio de 2014 

LUSOFALANTE INDICA

O historiador Jorge Euzébio Assumpção Assumpção, autor do livro "Pelotas: Escravidão e Charqueadas (1780 - 1888)", reconta nesta entrevista a história dos afrodescendentes do RS. Confira na íntegra.

http://www.geledes.org.br/

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Dica do AFREAKA, cinco pintores contemporâneos da Namíbia: John Muafangejo, Ndasuunje Shikongeni, Inatu Indongo, Tamai e David Amukoto.
Uma das coisas que mais fascinam é a arte africana e suas nuances. Pensando nisso, selecionamos os cinco pintores contemporâneos de Namíbia.




Fonte: https://www.facebook.com/siteafreaka?fref=photo


27 de Maio de 2014

LUSOFALANTE INDICA

"O Português Afro-Brasileiro" organizado pelos pesquisadores Dante Lucchesi, Alan Baxter, Ilza Ribeiro e equipe, disponível para download.
Livro "O Português Afro-Brasileiro" para download gratuito. Obra é organizada pelos pesquisadores Dante Lucchesi, Alan Baxter e Ilza Ribeiro. 

Baixe aqui: http://goo.gl/9lRdD1


Fonte: https://www.facebook.com/CafeHistoria?fref=photo


26 de Maio de 2014

LUSOFALANTE INDICA


Dia 27.05 às 21:30h em Coimbra os filmes "Mãe dos netos" e "Ngwenya, o crocodilo" da moçambicaba Isabel Noronha. O segundo trata da vida do artista Memorial To Malangatana Ngwenya, que concedeu bela entrevista ao Lusofalante, uma das últimas antes de seu falecimento. Uma honra para nós.

http://www.ces.uc.pt/

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O Próximo Futuro nos fala sobre o artista moçambicano Celestino Mudaulane.
Outro artista que vamos poder conhecer na exposição "Artistas Comprometidos? Talvez" é o moçambicano Celestino Mudaulane, a quem o Próximo Futuro fez uma encomenda.

Em 2010, António Pinto Ribeiro escrevia sobre o trabalho de Mudaulane: "O Celestino começou então a desenhar a negro sobre folhas brancas que colava, umas às outras formando grandes painéis que chegavam a ter mais de três metros de lado por dois de altura. Neles Celestino começou a desenhar. Inesperadamente os desenhos não eram esboços das esculturas nem tão pouco imagens a duas dimensões das mesmas. Os desenhos passaram a ser episódios de uma vida urbana, narrativas curtas ficcionadas ou uma espécie de provérbios em forma de desenhos a negro e branco."

Leiam na íntegra aqui: http://bit.ly/1mp7lUx

Fonte https://www.facebook.com/proximofuturo?fref=photo

25 de Maio de 2014

LUSOFALANTE INDICA

A historiadora angolana, Isilda Hurst, da Universidade Lusíadas, investiga a ascendência de brasileiros em famílias angolanas. Ela pediu, no Rio de Janeiro, aos pesquisadores para trabalharem na investigação de um eventual regresso de ex-escravos para Angola e na pesquisa da existência de famílias angolanas descendentes de brasileiros.
O projeto chama-se “Os Caminhos Cruzados do Brasil e Angola ao longo da história”.
Historiadora angolana investiga ascendência de brasileiros em famílias angolanas

Isilda Hurst, historiadora e docente da Universidade Lusíadas, pediu, no Rio de Janeiro, aos pesquisadores para trabalharem na investigação de um eventual regresso de ex-escravos para Angola e na pesquisa da existência de famílias angolanas descendentes de brasileiros.

A acadêmica fez este apelo quando desenvolvia o tema “Os Caminhos Cruzados do Brasil e Angola ao longo da história”, no âmbito da Semana “Angola - Pontes de Oportunidades”, que decorreu de segunda a quinta-feira no Rio de Janeiro.
Isilda Hurst identificou cruzamentos entre os dois países na arquitetura, na movimentação de brasileiros para Angola e o seu legado, ainda no fim do século XIX, e nas artes onde a co-produção de filmes e novelas sobressaem.

Numa mostra de grande conhecimento da realidade de Angola, o professor brasileiro Marcelo Bentencourtt, da Universidade Federal Fluminense, falou da influência do Brasil na gênese e afirmação de um jornalismo angolano no final do século XIX, no qual se salientou a figura de José de Fontes Pereira, um nativo angolano que nos seus escritos já fazia a apologia da importância da independência do Brasil para Angola.

O professor abordou o reconhecimento de Angola pelo Brasil e a contribuição do pedagogo brasileiro Paulo Freire na luta de Angola contra o colonialismo, ao ajudar o MPLA, então movimento de Libertação, a implantar o seu Sistema de Alfabetização (premiado pela UNESCO) nas zonas libertadas.

A semana de Angola “Angola - Pontes de Oportunidades”, que teve como objectivo promover o intercâmbio entre os dois países, abordou, entre outros temas, as relações internacionais, sobre as quais se falou do papel geopolítico de Angola. 
O programa do evento incluiu palestras e mesas redondas com professores universitários e empresários, além de actuações de músicos, exibições de filmes e leituras de obras angolanas.
A iniciativa foi da Coordenação Central de Estágios Profissionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

http://jornaldeangola.sapo.ao/cultura/historiadora_quer_definicao__das_correlacoes_ancestrais


Fonte: https://www.facebook.com/pages/Agenda-Africana/152241788287314?fref=photo


16 de Maio de 2014

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O lindo "Ombela, a origem das chuvas" do angolano Ondjaki na estréia da Pallas Míni!
Acaba de ser lançada a Pallas Míni, o braço infanto-juvenil da Pallas Editora, que trabalha com temas afro-brasileiros e é responsável pelo lançamento de muitos escritores africanos no Brasil!

Na estréia o lindo "Ombela, a origem das chuvas" do escritor angolano Ondjaki com ilustrações de Rachel Caiano.

Vida longa à Pallas Míni!


15 de Maio de 2014


LUSOFALANTE


"Os caminhos da liberdade - como os negros do século XIX, por meio de fugas, rebeliões, viagens de retorno à África, formação de mocambos e quilombos e processos na justiça, empurraram o Brasil para o fim da escravidão".

Imperdível dossiê coordenado por Monica Lima do LEÁFRICA, com Wlamyra R. de Albuquerque e José Maia Bezerra Neto, na Revista História Viva!


Fonte: https://www.facebook.com/historiaviva?fref=photo


12 de Maio de 2014

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O filme de animação "Os pestinhas e o ladrão de brinquedos", produção moçambicana de Nildo Essá, está entre os finalistas no Maputo - Maputo African Film Week.
O filme de animação "OS PESTINHAS E O LADRÃO DE BRINQUEDOS" Curta-Metragem moçambicana do realizador Nildo Essá, nomeado para o Pre´mio de Melhor Animação de 2014 no Africa Movie Academy Awards na Nigéria:



O filme, inteiramente produzido por Nildo Essá, sem qualquer apoio financeiro está entre os 5 finalistas ao lado de “Khumba”, que tem um elenco americano de renome, é a mais recente produção cinematográfica em animação da África do Sul e teve um orçamento estimado em cerca de 20 milhões de dólares. Concorrem igualmente, "The Hare and the Lion", do Burkina Faso, "Thank God it's Friday" de Marrocos e "Leila", da Nigéria. Nildo Essá estará presente na cerimônia de entrega de prêmios que se realiza a 24 de Maio.

Recorde-se que este filme estreou em Maputo no ano passado por ocasião do Kugoma - Fórum de Curtas Metragens.

https://www.facebook.com/maputoafricanfilmweek



09 de Maio de 2014

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Dak´Art 2014 abre hoje as suas portas ao público. Os curadores desta edição de um dos mais importantes eventos de arte contemporânea no continente africano são Elise Atangana, Abdelkader Damani and Smooth Ugochukwu Nzewi. Toda a informação aqui: www.biennaledakar.org/2014




06 de Maio de 2014

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"100% Dakar", filme de Sandra Krampelhuber, mostra o ativismo cultural de jovens artistas senegaleses. Estilistas, músicos de hip hop, grafiteiros, fotógrafos, dançarinos, empreendedores culturais que pensam a arte de forma criativa, transformadora e coletiva.



Link  para assistir ao vídeo: http://vimeo.com/92330537


05 de Maio de 2014

LUSOFALANTE INDICA

A partir de 06.05 a UNICAMP, Campinas, SP, apresenta o Ciclo de filmes Moçambicanos, "Karingana Wa Karingana". O evento, gratuito e aberto ao público, contará com a presença de três diretores moçambicanos, Isabel Noronha, Camilo de Sousa e Licinio Azevedo.

A estréia dia 06, às 17h e 19h, será com o belo documentário "Ngwenya, o crocodilo" de Isabel Noronha que mostra a vida e a maravilhosa obra do Mestre Malangatana Ngwenya.


O Lusofalante teve a honra de entrevistá-lo!




03 de Maio de 2014

LUSOFALANTE INDICA

O Lusofalante compartilha a bela homenagem prestada por José Ribamar Bessa Freire em sua crônica no Taqui Pra Ti à Aryon Rodrigues, referência nas Língua Indígenas, responsável por várias gerações de pesquisadores e ativistas nesta área. Segundo Bessa "Aryon Rodrigues combateu o bom combate e encerrou a carreira resistindo teimosamente na defesa da utopia. Mesmo aposentado, continuou trabalhando de 1995 até 2014 no Laboratório de Línguas Indígenas, sem qualquer ônus para a UnB. Morreu como Ayrton Senna: na pista. O Brasil e os índios muito lhe devem." 

Nossa querida Ruth Monserrat, linguísta, entrevistada pelo Lusofalante, foi a responsável pela ponte. 

http://www.taquiprati.com.br/


16 de Janeiro de 2014

Áfricas no Brasil, Arte Africana e Afro-brasileira na sala de aula.


www.sescsp.org.br


13 de Janeiro de 2014

Gregório Firmino, linguísta, Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Letras da Universidade Eduardo Mondlane, fala sobre o vasto universo e a rica diversidade linguística em Moçambique.



http://revistalingua.uol.com.br/


08 de Janeiro de 2014

LUSOFALANTE INDICA


Timbuktu, no extremo meridional do Saara, guardiã de manuscritos científicos antigos, em 1998 reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade.


"Em 2006, uma equipe de investigadores da Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul) e da Universidade de Bamako (Mali) deu início a um projeto que tentou desmistificar a percepção (ocidental) de que as civilizações a sul do Saara nada construíram em termos de conhecimento científico."





07 de Janeiro de 2014

LUSOFALANTE INDICA


O Lusofalante fala ao Por Dentro da África!


 


29 de Dezembro de 2013

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Amigos, ao som do baixista, compositor, cantor, o esplendoroso artista dos Camarões, Richard Bona, desejo à todos um 2014 muito especial!
Que possamos cada vez mais compartilhar do desejo coletivo de mudança através do sonho, da amizade e do amor!

Richard Bona no CD "Reverence". Vale escutar todo!






26 de Dezembro de 2013

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No ar, Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre! 
http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/





29 de Setembro de 2013


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Lei 10.639/03 - Historia da África nas escolas: Uma entrevista com a historiadora Marina de Mello e Souza e Rachel Rua Bakke

Excelente entrevista com a historiadora Marina Mello e Souza e a antropóloga Rachel Rua Bakke sobre o ensino da cultura Afro-Brasileira nas escolas. O quanto os preconceitos da sociedade brasileira impedem a ampliação e a curiosidade do olhar em direção à riqueza e à diversidade do continente africano que guarda parte imensa do que somos.
Como diz Siba "Toda a vez que eu dou um passo, o mundo sai do lugar". 
O desafio de darmos um passo e movermos o nosso olhar na direção do outro, do novo, e consequentemente de nos re-vermos.


1º Bloco -- História da África / Marina de Mello e Souza

Nesse vídeo veremos a uma entrevista com a historiadora Marina de Mello, sobre a inclusão do ensino da cultura e da história da África no currículo das escolas brasileiras. Vamos ver como tem sido o ensino da cultura Afro-Brasileira nas escolas e as diversas dificuldades que os professores enfrentam a transmitir esse assunto.

Ederson Granetto entrevista a historiadora Marina de Mello e Souza, do departamento de História da Universidade de São Paulo, sobre a inclusão no currículo das escolas brasileiras do ensino da cultura e da história Afro-brasileira. Em 2003, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi alterada para determinar essa inclusão, privilegiando a História da África e dos africanos, a vida dos negros no Brasil, a Cultura Negra Brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

2º Bloco -- Cultura Afro-Brasileira / Rachel Rua Bakke.


Ederson Granetto entrevista a antropóloga Rachel Rua Bakke sobre o ensino da cultura Afro-Brasileira nas escolas e sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores ao tratar do tema.

Fonte: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/lei-10-639-03-e-outras/21202-lei-10-639-03-historia-da-africa-nas-escolas-uma-entrevista-com-a-historiadora-marina-de-mello-e-souza-e-rachel-rua-bakke
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Rua em bairro valorizado de Porto Alegre vai virar quilombo

Governo federal desapropriará terreno e beneficiará 67 famílias.

Uma rua inteira na região central de Porto Alegre será desapropriada pelo governo federal para a criação de um quilombo urbano.

A área, hoje do Estado e da prefeitura, fica em um bairro da capital gaúcha onde o m² chega a R$ 6.000. Está cercada por condomínios e locais movimentados, como prédios públicos e um shopping.

Segundo laudo antropológico do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, lá vivem descendentes de escravos de uma baronesa dona do terreno no século 19.

Serão 67 famílias beneficiadas. O futuro quilombo, chamada de Areal, é uma rua estreita, sem saída, de cem metros de extensão. Tem casas simples que destoam do padrão da vizinhança. Parte delas ostenta fachadas antigas.

Se a demarcação for concretizada, a posse do terreno será transferida para uma associação de moradores autodeclarados quilombolas --o título, coletivo, não poderá ser vendido. Contestações podem ser feitas até outubro.

De acordo com a associação, duas das 67 famílias descendem de escravos que ocuparam a rua. Os demais se mudaram para lá ao longo do século passado. Há moradores brancos contemplados.

Os antropólogos responsáveis pelo laudo apontam uma identidade própria da comunidade --como culto de religiões de matriz africana e uma escola de samba mirim.

"Uma comunidade quilombola pode abrigar pessoas com laços de parentesco, afinidade, compadrio. Isso independe da origem", afirma o coordenador de projetos do Incra-RS, José Tagliapietra.

Fonte: Folha de S. Paulo

Fonte web: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questao-racial/quilombos-e-quilombolas/21086-rua-em-bairro-valorizado-de-porto-alegre-vai-virar-quilombo



11 de Setembro de 2013



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Diversidade Linguística no Alto Rio Negro


Por Kristine Stenzel, Departamento de Linguística, UFRJ

      A região do alto e médio rio Negro, localizada no noroeste do estado do Amazonas, é uma das regiões com maior diversidade étnica e linguística da Amazônia. Só no município de São Gabriel da Cachoeira, com extensão territorial de 109.185,00 km², 80% do qual constituída por Terras Indígenas (Alto Rio Negro, Balaio, Médio Rio Negro I e II, Rio Tea e Yanomami), encontramos uma população de aproximadamente 37 mil pessoas , quase 90% dos quais indígenas. Em Santa Isabel do Rio Negro quase 60% da população total do município é indígena, e mesmo não tendo estimativas para o município de Barcelos, certamente é possível afirmar que há muitas famílias indígenas em Barcelos oriundas da região, bem como migrantes do alto rio Negro, sobretudo dos rios Uaupés e Içana.
      Essa população indígena do rio Negro representa mais de trinta grupos etno-linguísticos, falantes de idiomas de cinco famílias linguísticas distintas. A família Aruák é representado pelos povos Baré, Baniwa, Kuripako, Tariana e Werekena; entre os que pertencem à família Tukano Oriental são os povos Arapaso, Bará, Barasana, Desana, Karapanã, Kotiria/Wanano, Kubeo, Makuna, Miriti-tapuya, Siriano, Taiwano, Tukano, Utapinopona/Tuyuka, Wa’ikhana/Piratapuyo e Yuruti. Hhá quatro línguas falados por povos da etnia Yanomami: Yanomami, Yanomam, Ninam e Sanumá; e a família lingüística Maku (ou Nadahup) é representada pelos povos Yuhup, Hup, Dâw e Nadöb. Há, ainda, um grande número de indivíduos, de grupos étnicos diversos, que atualmente falam Nheengatú (ou Língua Geral Amazônica), língua da família Tupi-Guarani que foi introduzida na região no século dezoito (Cabalzar & Ricardo, 1998; Lasmar, 2005; Ricardo& Ricardo, 2006). Essa imensa diversidade torna São Gabriel da Cachoeira o município mais multilíngue do Brasil, uma verdadeira ‘Terra das Línguas’, como já fora batizado (Almeida, 2007; Oliveira, 2007).
      Não dispomos, no entanto, de estatísticas exatas de quantos falantes há de cada uma dessas línguas. Isso se deve, em parte, à própria dinâmica sociolinguística da região, que leva a maioria das pessoas a adquirirem conhecimento, com graus diferentes de fluência, de mais de uma língua indígena (e frequentemente de várias delas, além da língua nacional). É comum as próprias pessoas fazerem distinção entre as línguas que ‘escuta e fala’, as línguas que ‘escuta e fala um pouco’ e as línguas que só ‘escuta, mas não fala’. Esse tipo de classificação gradativa espelha bem a situação multilíngüe dos indivíduos e mostra a percepção de graus diferentes de conhecimento lingüístico, mas ao mesmo tempo dificulta a representação desses conhecimentos em termos de números. Falta-nos ainda realizar um levantamento sistemático de uso das línguas em toda a região, que leva em conta fatores socioculturais e geográficos, que seja sensível às diferenças dos contextos urbanos e das comunidades , e que possa apontar processos de mudança, tantos os históricos e quantos aqueles que estão atualmente em curso.
      O que podemos afirmar, em termos gerais, é que certas línguas da região possuem maior número de falantes do que outras. As línguas Tukano, Baniwa, Nheengatú e Kubeo, por exemplo, têm milhares de falantes e se encontram em situação de expansão. São percebidas como sendo línguas ‘fortes’ da região. Para a maior parte das línguas, no entanto, o número de falantes é certamente bem menor: há menos de mil falantes para cada idioma e muitas estão em claro processo de declínio. Há alguns casos de línguas seriamente ameaçadas, como Tariana e Werekena, com apenas poucas dezenas de falantes restantes, e ainda outras, como as línguas Baré, Miriti-tapuya e Arapaso, para as quais não se encontra mais nenhum falante; essas línguas já são consideradas como extintas (Moore & Gabas Jr., 2006; Stenzel, 2006). Sabemos também que, mesmo entre línguas ainda em uso, e apesar das experiências pilotos com escolas indígenas diferenciadas, nem todas as línguas estão sendo aprendidas pelas crianças, o que pode apontar uma situação de perda dessas línguas em poucas gerações.
      No mais, reconhecemos uma tendência geral de perda lingüística — mesmo entre falantes das línguas mais fortes — nos contextos urbanos, principalmente entre jovens e crianças . Em cidades como São Gabriel, as práticas tradicionais que dão origem aos padrões de multilinguismo características da região — casamento interétnico, mudança da esposa para a casa/comunidade do marido, uso do idioma do pai como língua pública que marca a identidade — não dão conta de manter viva e dinâmica a transmissão das línguas. De fato, a cidade representa o ambiente de maior pressão de deslocamento das línguas indígenas pelo português, língua oficial do país e dominante no âmbito das instituições educacionais, de governo, meios de comunicação, comércio e serviços. Como consequência dessa pressão, nota-se que os jovens moradores de São Gabriel e de Santa Isabel geralmente falam e entendem um número menor de línguas do que os adultos com quem convivem, evidência de uma diminuição dos repertórios linguísticos individuais. No mais, os jovens tendem a adotar e valorizar cada vez mais o português como língua de comunicação em todos os contextos fora do espaço íntimo familiar. Sendo que atualmente metade da população do município de São Gabriel da Cachoeira mora no espaço urbano , essas tendências observadas se tornam bastante preocupantes.
     No entanto, apesar das observações (algumas um pouco pessimistas) sobre as mudanças de uso das línguas e o reconhecimento (realista) de que ainda precisamos conhecer melhor a situação sociolingüística da região, há uma grande certeza que podemos afirmar. Isso é que valorizamos a diversidade linguística e cultural da região, considerando-as patrimônio não só de todos dos povos Rionegrinos, mas também do país e da humanidade.             No mais, apoiando-nos nessa certeza do enorme valor da diversidade linguística, estamos engajados na luta para preservar essa riqueza, discutindo e formulando ações apropriadas e auto-determinadas de salvaguarda a nível municipal, estadual e federal. Podemos destacar algumas ações já iniciadas nesse sentido, como a legislação pioneira de co-oficialização das línguas Tukano, Nheengatú e Baniwa no município de São Gabriel da Cachoeira. Devemos apontar também as iniciativas (desde o final da década de 90) de formação e consolidação das escolas indígenas diferenciadas em comunidades dos povos Baniwa, Tuyuka, Kotiria, Tariana, Tukano, Hup e Wa’ikhana, e, mais recentemente, entre grupos residentes da cidade — essas escolas têm como um dos seus objetivos principais a valorização e fortalecimento do uso das línguas (Cabalzar, 2006). Por último, devemos lembrar que o projeto de Mapeamento da Diversidade e Vitalidade Línguistica da Cidade de São Gabriel da Cachoeira está sendo realizada no ano de 2011. O projeto representa a etapa piloto do primeiro levantamento sociolinguístico da região, e está sendo realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, FOIRN, ISA, alunos e professores das escolas de Ensino Médio da cidade. Ver mais informação no site do projeto: http://www.sgclinguas.letras.ufrj.br/ e participa do grupo SGC Línguas no Facebook.

      Convidamos a todos a participar dessas e outras ações de fortalecimento do uso das línguas indígenas da região, e de conhecer um pouco mais sobre as línguas da região do alto rio Negro através dos recursos e informações disponibilizados nesse site.

Fonte: http://www.foirn.org.br/povos-indigenas-do-rio-negro/diversidade-linguistica-no-alto-rio-negro/



30 de Agosto de 2013



LUSOFALANTE INDICA


"Você sabia que na América Latina existem 99 famílias linguísticas, 420 línguas indígenas em uso, 55 pessoas, que falam português 103 línguas transfronteriças, e 44 pessoas que só falam castelhano?


Conheça a realidade sociolinguística da América Latina no "Atlas Sociolinguísticos dos povos indígenas na América Latina": http://www.proeibandes.org/atlas"



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FESTLIP 2013
FESTIVAL DE TEATRO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Homenageado – 5ª. Edição

Mena Abrantes

O angolano assina o texto “AMÊSA”, estrelado pela atriz Heloisa Jorge, que abre o festival no dia 21 de agosto no Teatro Municipal Carlos Gomes, Centro do Rio de Janeiro.


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VITOR GAMA EM LISBOA 
SETEMBRO 2013

Victor Gama é um artista artista angolano e vive no tripé, Angola, Brasil e Portugal




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Ngwenya, o Crocodilo

Mestre Malangatana Ngwenya

O filme "Ngwenya, o Crocodilo", de Izabel de Noronha, de Moçambique estará hoje na "Mostra Bamako, cinemas africanos de Língua Portuguesa", em Recife-PE. O documentário conta a vida do grande Mestre Malangatana Ngwenya, moçambicano, uma referência das artes plásticas no mundo, um artista envolvido com os direitos humanos. Falecido em 2011. Tivemos a honra de entrevistá-lo para o Lusofalante.

Entrada gratuita. Confira a programação completa!


Fonte: http://cineclubebamako.wordpress.com/2013/08/20/mostra-bamako-cinemas-africanos-de-lingua-portuguesa/
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Inscrições abertas para a I Mostra de Teatro Brasileiro em Moçambique

Estão abertas até 20 de Setembro as inscrições para a I Mostra de Teatro Brasileiro em Moçambique, organizada pelo Grupo Cultural da Universidade São Tomas de Moçambique. A Mostra realizar-se-á de 8 a 17 de Novembro na cidade de Maputo.
  
A mostra pretende reunir diferentes grupos teatrais do Brasil em Moçambique numa acção conjunta que visa estruturar e ampliar o mercado de trabalho para artistas e técnicos em artes cénicas e incentivar o desenvolvimento artístico cultural do país, contribuindo para a difusão da produção teatral moçambicana.

O evento pretende apresentar ao público moçambicano um painel resumido da cena teatral brasileira contemporânea, unindo diferentes gerações e companhias, sendo o actor o foco principal desse programa.

O edital e a ficha de inscrição podem ser solicitados através dos seguintes e-mails:pfungulane@gmail.com, pjbfungulane@yahoo.com.br e pjbmarlo@hotmail.com.



Detalhes em: http://www.cenalusofona.pt/cenaberta/detalhe.asp?id=1197&idcanal=1

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Festival incentiva filmes sobre cultura afro feitos nas escolas

Foi lançado nesta quarta-feira, 28 de Agosto, em Brasília, o festival Curta Histórias, que fomenta a produção de filmes curtas-metragens realizado nas escolas das redes públicas. A iniciativa tem como objetivo pensar a história da África e dos africanos no Brasil a partir da representação de crianças e adolescentes.


O site entra no ar no dia 16 de setembro.

Detalhes em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19031




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18 de Agosto de 2013




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Unesco oferece gratuitamente 10 mil páginas de história da África




Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África foi traduzida para o português e está disponível gratuitamente na internet. Produzido pela Unesco – órgão da ONU voltado para educação, ciência e cultura – o material possui quase 10 mil páginas e foi elaborado ao longo de 30 anos. A obra conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar. O trabalho envolveu 350 especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física e jornalismo.

A coleção aborda o continente desde a pré-história até a década de 1980. A narrativa atravessa períodos históricos marcantes, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico. A coleção completa pode ser baixada nas páginas da Unesco e do Ministério da Educação, na internet.

De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

Fonte:http://www.radioagencianp.com.br/10317-unesco-oferece-gratuitamente-10-mil-paginas-de-historia-da-africa





Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição http://antigoegito.org/unesco-oferece-gratuitamente-10-mil-paginas-de-historia-da-africa/completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos. Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.



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Museu Afro Brasil



Museu Afro Brasil Av. Pedro Álvares Cabral- Parque Ibirapuera-portão 10- São Paulo- SP- Brasil. Fone: 55 11 3320 8900



Missão

“Promover o reconhecimento, valorização e preservação do patrimônio cultural africano e afrobrasileiro e sua presença na cultura e sociedade nacional, tendo como eixos a arte, a história e a memória, visando a integração harmoniosa da diversidade.”

Informações gerais



Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral,s/no.- Parque do Ibirapuera, portão 10- Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega- São Paulo - SP

Cep: 04094-050

Tel: 55 11 3320-8900



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Candombe, Tambores en Libertad

"Candombe, Tambores en Libertad", DVD + CD, um documentário de Carlos Paez Vilaró, Hassen Balut e Silvestre Jacobi. Dos nossos queridos vizinhos uruguaios vindo diretamente de nossa raiz comum, a África!


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Entre Fronteiras: O Nascimento de uma Nação

Este vídeo é apenas uma chamada para o episódio completo. | Sinopse: O taxista Dennis Kakande é o guia do jornalista Luís Nachbin na fronteira mais recente do mundo: o Sudão do Sul, país que nasceu em 2011. Na década de 80, o líder revolucionário John Garang enviou 600 crianças sul-sudanesas para estudarem em Cuba e voltarem, já crescidos, para fazer uma independência diferente. Nachbin também conhece um desses meninos: o hoje médico Simon Okony Mori.


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Mia Couto, escritor moçambicano estará em SP e no RJ

'A África que existe na cabeça das pessoas é folclorizada', diz Mia Couto





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12 de Agosto de 2013

LUSOFALANTE INDICA

O site Índio Educa traz artigos a respeito de diferentes etnias e tribos brasileiras, todos escritos por indígenas. Os assuntos são diversos. ”A época do índio sem voz está terminando. Este projeto tem o objetivo de empoderar o indígena para dialogar. Trabalhamos em cima dos preconceitos que existem, como pessoas que acham que eles ainda vivem nus”, conta o presidente da Thydêwá, Sebastian Gerlic.








04 de Agosto de 2013



LUSOFALANTE INDICA

No "Nova África" que vai ao ar sempre às sextas, 22h na TV Brasil, um encontro com a Literatura Africana. O poeta Gabriel Mariano de Cabo Verde, Nadine Gordimer da África do Sul (90 anos de idade e ganhadora do Nobel de 1991) e José Craveirinha, o poeta moçambicano. Imperdível!





23 de Julho de 2013


LUSOFALANTE INDICA

DICA 1:

Is “Portuguese-speaking” Africa Comparable to “Latin” America? Voyaging in the Midst of Colonialities of Power  *

Michel Cahen

Artigo do site http://journals.cambridge.org/ confira clicando na imagem. 




DICA 2:


Matéria: "Amílcar Cabral é uma Arma: Cinema + Debate + Spoken Word"


Clique na imagem para acessar a matéria



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20 de Julho de 2013

LUSOFALANTE INDICA

Dica 1
Da escritura à tela: literatura e o cinema de Ousmane Sembène


SAMBA GADJIGO 



A obra de Sembène é um instrumento valioso para trabalhar diversas temáticas sobre África: relações de dominação, gênero, colonialismo, escravidão em África, arte africana, oralidade e tradição. Propomos uma abordagem da sociedade, da histórica e da geografia africanas pelas arte e pensamento de um grande intelectual africano. Samba Gadjigo é especialista do cinema Africano, particularmente do cineasta senegalês Ousmane Sembène.


Agosto dias: 9,11, 12, 13 e 14 das 18h às 21h e dia 10 das 10h às 13h (25hs)
Local: Biblioteca Alceu Amoroso, R. Henrique Schaumann, 777 - São Paulo
Inscrições e informações: africadeousmanesembene@gmail.com




Dica 2
V Encontro de Professores de Literatura Africana
I Encontro da AFROLIC
5, 6, 7 e 8 de Novembro de 2013
UFRGS
Informações no link abaixo

DICA 3
A 1ª reitora negra de uma Universidade Federal no Brasil

Confira a matéria no link abaixo




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14 de Julho de 2013 

LUSOFALANTE INDICA

Essa semana o Lusofalante indica o "Entre Fronteiras", programa de Luís Nachbin, na TV Futura. 

"Luís Nachbin visita o Djibuti, no Chifre da África, para conhecer Mouna Iltireh. Ela é uma das criadoras da revista Marwo, voltada para o público feminino. Ao mesclar moda e ativismo social, a Marwo ajuda a definir novas tendências de beleza e pensamento entre as mulheres desse pequeno país muçulmano -- um dos líderes do triste ranking da mutilação genital feminina.

O Entre Fronteiras vai ao ar no Canal Futura. Horários: sexta às 19h30; sábado às 2h30; sábado às 21h30; domingo às 13h30." Fonte Youtube
Confira no link abaixo.





07 de Julho de 2013



LUSOFALANTE INDICA

Lançamento na Editora Pallas Livro "Ensino de Histórias e Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas. Autores Alain Pascal Kaly, Carmen Teresa Gabriel, Cinthia Monteiro de Araujo, Circe Fernandes Bitencourt, Giovana Xavier, Giovani José da Silva, Lorene dos Santos, Patrícia Teixeira Santos, Verena Albert, Warley da Costa. Organizadores Amilcar Araujo Pereira e Ana Maria Monteiro.

"Ao introduzir a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africanas e afrobrasileiras nas escolas, foram atendidas as demandas históricas do movimento negro brasileiro pela reavaliação do papel do negro na História do Brasil e pela valorização da cultura negra. Da mesma forma, após pressão dos movimentos indígenas, cinco anos depois, foi sancionada a lei 11.645, acrescentando à lei anterior a obrigatoriedade do ensino de história e culturas indígenas." Editora Pallas



Outra DICA:
"Entre Fronteiras", com Luís Nachbin, um belo olhar sobre as várias Áfricas. 

Em um campo de refugiados na Tunísia, Luís Nachbin conhece o sudanês Amer Ibrahim Ahmed, sobrevivente do genocídio de Darfur. A poucos dias do fechamento do campo, que pode deixar centenas de pessoas sem rumo, Amer é um dos convidados para começar uma nova vida nos Estados Unidos. O episódio é a crônica dessa longa viagem.

O Entre Fronteiras vai ao ar no Canal Futura. Horários: sexta-feira às 19h30; sábado às 2h30; sábado às 21h30; domingo às 13h30.




E mais uma dica:
Vagas de trabalho no Museu Afro Brasil em São Paulo. Confira no Link abaixo.




Vagas Disponíveis
Os interessados devem enviar o currículo para o e-mail: curriculo@museuafrobrasil.org.br. 

Ao se candidatar, por favor, especifique a vaga que lhe interessa no assunto do e-mail. 


Educador
Atender grupos agendados e público espontâneo (individual ou em grupo) e mediar visitas ao Museu Afro Brasil; organizar junto aos membros de sua equipe estratégias de atendimento adequadas às diretrizes do Museu Afro Brasil e às demandas de visitantes; zelar pelo acervo e espaço expositivo; participar da elaboração de materiais educativos e demais projetos culturais.

Auxiliar de Comunicação
Auxiliar a área de Comunicação para divulgação e fixação da marca do Museu Afro Brasil.

Auxiliar de Coordenação
Assistir a coordenação do Núcleo de Educação em suas atividades diárias, contribuindo em projetos e materiais educativos, elaborando escalas de horários dos educadores, acompanhando agendamento de grupos para visitas e exercendo outras atividades, de acordo com as necessidades do Núcleo.


http://www.museuafrobrasil.org.br/institucional/trabalhe-conosco



E mais: 

O concerto de Costa Neto e banda. Dia 10 de Julho de 2013 às 22h  - Águeda Câmara Municipal, em Portugal




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1 de Julho de 2013


LUSOFALANTE INDICA



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26 de Junho de 2013



Hoje o Lusofalante indica o documentário "Mulheres Africanas", de Carlos Nascimbeni que mostra as conquistas e lutas das mulheres do continente africano no último século. O longa conta com depoimentos de: Graça Machel, ativista de direitos humanos e esposa de Nelson Mandela; Mama Sara Masari, empresária; Leymah Gbowee, vencedora do Prêmio Nobel da Paz; Luisa Diogo, ex-Primeira Ministra de Moçambique e Nadine Gordiner, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura. Também mostra as vitórias das mulheres comuns que encaram os desafios do dia-a-dia com esperança e determinação. 


Confira clicando no link abaixo:



E o filme "Ngwenya, O Crocodilo" de Isabel Noronha traz a vida e obra do grande artista plástico moçambicano, Malangatana Ngwenya, falecido em janeiro de 2011.

Sua obra fantástica se espalha por vários países do mundo. 






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17 de Junho de 2013


Lusofalante Indica: Site Buala - Cultura Contemporânea Africana 



A Associação BUALA actua na criação e fortalecimento de pontes culturais entre África, Portugal e Brasil. Criámos uma rede de trabalho que se materializa num portal online de reflexão, crítica e documentação das culturas africanas contemporâneas, com produção de textos sobretudo em língua portuguesa e traduções em francês e inglês, de abordagem multissectorial e interdisciplinar – www.buala.org. Do significado de BUALA (casa, aldeia, comunidade na língua quimbundo) retemos esse ponto de encontro entre várias geografias e contribuições, de todos os países de língua portuguesa, celebrada na sua diversidade. O conceito de África é aqui entendido no diálogo com o mundo, e vai do Rio de Janeiro a Lisboa, com várias bases no continente africano e nas ilhas.

O BUALA tem vindo a contribuir para um maior conhecimento das singularidades e expressões apostando na troca de experiências e na divulgação aprofundada das várias realidades culturais. Disponibilizamos materiais com simultaneidade no acesso entre todos os visitantes, que já chegam aos 30 mil por mês, sendo os países que mais visitam o site Portugal, Brasil, Estados Unidos da América e Angola, seguindo-se Moçambique e Cabo Verde, França, Inglaterra, Espanha e Alemanha (ao todo 500 mil visitas).

Interessa-nos o património cultural africano de uma forma abrangente, na sua vertente contemporânea, contribuindo para o seu revitalizar constante, em termos de produção e intercâmbio cultural. Trata-se de uma oportunidade para fazer convergir propostas já desenvolvidas em diversas áreas e, ao mesmo tempo, trazer novas perspectivas, estabelecendo uma ponte entre os campos académico, artístico, jornalístico e a sociedade civil.

Para fortalecer esta dinâmica apostamos também na formação, na ligação entre os núcleos de colaboradores: artistas, agentes culturais, investigadores, jornalistas, programadores, estudantes. Para isso promovemos módulos de formação em jornalismo cultural e produção nas cidades onde o BUALA está implantado. Fazemos debates mensais sobre assuntos ligados à representação de África em vários contextos culturais.

Os textos, inéditos ou não, sobre as culturas africanas contemporâneas, estão distribuídos nas seguintes secções: vou lá visitar – exposições, bienais, festivais, viagens; cara a cara – autores, objectos; afroscreen – cinema e multimédia; a ler - ensaios e reportagens; mukanda – divulgação do pensamento de autores africanos, manifestos, textos políticos e literários; palcos – artes do palco, dança, teatro e música; cidade – pensar a cidade e a urbanização; preparamos um arquivoonde se disponibilizarão materiais da autoria de Ruy Duarte de Carvalho e sobre a sua obra. Pode ainda encontrar o blog Dá Fala recheado de divulgação cultural e académica, imagens, sons e video, a secção Galeria com 15 exposições virtuais. Disponibilizamos ainda biografias dos autores.

O BUALA iniciou actividade a 25 de Maio de 2010, dia de África, e contou com o  apoio da Casa das Áfricas [Brasil] e da Fundação Calouste Gulbenkian [Portugal], que tornaram possível a sua implementação. Os comentários positivos e a vasta adesão dos leitores e colaboradores, de todos os países de língua portuguesa e de muitos outros lugares do mundo, tem sido um sinal de que esta é uma plataforma necessária e desejada, afirmando-se como um canal de reflexão e de divulgação importante no âmbito da cultura africana contemporânea e na relação da europa com a mesma.

BUALA pretende inscrever a complexidade do vasto campo cultural africano em acelerada mutação económica, política, social e cultural. Entendemos a cultura enquanto sistemas, comunidades, acontecimento, sensibilidades e fricções. Políticas e práticas culturais, e o que fica entre ambas. Problematizar questões ideológicas e históricas, entrelaçando tempos e legados, muitas vezes num jogo de espelho. Desejamos criar novos olhares, despretensiosos e descolonizados, a partir de vários pontos de enunciação da África contemporânea.

BUALA concentra e disponibiliza materiais, imagens, projectos, intenções, afectos e memórias. É uma plataforma construída para as pessoas. Uma rede de trabalho para profissionais da cultura e do pensamento. Artistas, agentes culturais, investigadores, jornalistas, curiosos, viajantes e autores, todos se podem encontrar e habitar este BUALA. 


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13 de Junho de 2013 


As página do LEÁFRICA e da Casa das Áfricas no Facebook






Sobre
O Laboratório de Estudos Africanos encontra-se vinculado ao Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Missão
O LEÁFRICA pretende se colocar, dentro da UFRJ e na comunidade acadêmica, como uma referência em termos de produção intelectual acerca dos temas referidos, atendendo as necessidades da formação de professores e pesquisadores em História e outros campos do conhecimento afins. Nesse sentido, contribuirá, por um lado, para a implementação das diretrizes educacionais que indicam a História das sociedades africanas como tema obrigatório nos currículos das instituições de ensino de nosso país e, por outro lado, para o compromisso internacional no sentido de incorporar a história da África como conteúdo fundamental nos cursos de História, em escolas e universidades
Descrição
Laboratório de Estudos Africanos (LEÁFRICA) é um espaço acadêmico, situado no Instituto de História do IFCS-UFRJ, dedicado ao ensino, pesquisa e atividades de extensão sobre temas relacionados às sociedades africanas, em sua história e nas diversas expressões de sua cultura.



Clicando na imagens você pode acessar as páginas no Facebook.


16 de Maio de 2013

Um lançamento muito bem vindo da Editora Pallas! Precisamos conhecer a enorme porção das variadas Línguas das Nações Indígenas de que é feita nossa Língua. Ter um livro assim direcionado ao público infanto-juvenil, é fundamental:
Do álbum: Atividades e livros de Yaguarê (Yaguarê monhãgáwa pupera rum)
De Yaguarê Yamã Aripunãgu

Falando Tupi de Yaguarê Yamã


O que as palavras jacaré, tatu, ipê e urubu têm em comum? Todas elas foram incorporadas pela língua portuguesa embora sejam de origem tupi. Língua legítima dos índios tupinambás, tupiniquim, caetés, tamoios e potiguaras, o tupi foi gramaticalizado pelos jesuítas e utilizado pelos colonizadores portugueses do século XVI nos primeiros contatos com as tribos nativas.
Estima-se em mais de dez mil palavras a contribuição da língua tupi para o português falado no Brasil. Nomes de lugares, rios, montanhas, plantas e frutas hoje fazem parte da cultura brasileira por todo o seu território. E essa mistura supera as influências de todas as outras línguas faladas no mundo em nosso dia a dia.
Falando Tupi é uma iniciação ao universo da língua que falavam os que habitavam Pindorama antes de sua descoberta pelos portugueses. Uma forma divertida de apresentar às crianças um pouco da origem das palavras faladas e escritas pelo nosso povo.
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Livro "Um Rio chamado Atlântico, a África no Brasil e o Brasil na África", de Alberto da Costa e Silva. 
Editora Nova Fronteira.



"A história da África é importante para nós, brasileiros, porque ajuda a explicar-nos. Mas é importante também por seu valor próprio e porque nos faz melhor compreender o grande continente que fica em nossa fronteira leste e de onde proveio quase a metade de nossos antepassados. Ainda que disto não tenhamos consciência, o obá do Benim ou o "angola a quiluanje", ou rei dos andongos, estão mais próximos de nós do que os antigos reis da França." (Alberto da Costa e Silva).

Alberto da Costa e Silva é uma das maiores referências nos assuntos sobre o continente africano. Foi emebaixador em vários países e desde os 16 anos debruça-se por este conteúdo rico e diverso, do qual fazemos parte e não sabemos.
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Entrevista com Chico Buarque que fala sobre racismo. O Brasil é um país racista. Nós somos racistas à medida que não nos reconhecemos como de fato somos, aliás, uma pena porque é justamente aí é que reside nossa beleza!



Chico Buarque comenta o racismo claro ou dissimulado de boa parte dos brasileiros. Ri daqueles que insistem em ignorar os séculos de miscigenação em nosso país. Em seu depoimento, Chico fala de sua revolta ao descobrir que sua filha, casada com o músico Carlinhos Brown, foi forçada a se mudar em razão das agressões que seu filho, neto de Chico, sofria dos moradores. Às vezes, quando ouço pessoas falando de sua genealogia — que sempre evitam suas linhagens não brancas, respondo que tenho pedigree. É que só se encontra portugueses em meu passado. Só que minha árvore genealógica é muito incompleta, muito curta, é dessas que logo se perdem, mesmo que eu tenha cidadania portuguesa adquirida em razão de ter avós portugueses por parte de pai. Aliás, os portugueses nunca se miscigenaram… Daqueles 128 citados por Chico — 4 avós, 8 bisavós, 16…, etc. — deve haver um monte de não brancos. Imagina se não há negros e índios dentre eles? Minha mãe era chamada de índia por seus pais… E os 128 estiveram por aí não faz muito tempo.


Com a palavra, Chico Buarque. Vale a pena ouvir.




Fonte: http://miltonribeiro.sul21.com.br/2013/05/12/chico-buarque-fala-sobre-o-racismo-sobre-seu-neto-e-a-hipocrisia/#.UZOuHANl7Ag.facebook

26 de Março de 2013


Confira Mia Couto, romancista moçambicano, defendendo em sua conferência um pensamento que crie pontes e não fortalezas. Em sua fala afirma que vivemos em um tempo de acesso a tudo, mas confundimos ideias novas e informação recente: "Cada vez mais repetimos o que já fomos" diz. 






20 de Fevereiro de 2013


No dia 24 de Fevereiro às 19h no Auditório Ibirapuera em São Paulo acontece o show de Stewart Skuma e Banda Nkhuvu, ótima oportunidade para quem quiser conhecer o trabalho de Stewart, integrante do Lusofalante.

Stewart Sukuma é o músico moçambicano mais dinâmico e revolucionário do momento, comprometido com divulgação da música do seu país no mundo. Combina a música moçambicana tradicional e contemporânea com uma instrumentação revolucionaria para criar um som enérgico e dançante que pode ser chamado de afro/pop/jazz. Show conta com participação da cantora paraibana Socorro Lira.


INGRESSOS no site ingresso.com 



Confira a música "Wulombe" de Stewart Skuma com Elizah 




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25 de Janeiro de 2013


Do maravilhoso escritor moçambicano, Mia Couto, um livro lançado no Brasil pela Cia. das Letras, “E se Obama fosse africano? – Ensaios”.








O livro reúne vários textos apresentados em palestras e publicados em jornais e revistas.

É maravilhoso, uma leitura a ser feita em todos os sentidos, de frente para trás, salteando, ao corrido, ler e reler.



Dentre os textos está “ Línguas que não sabemos que sabíamos” , do qual segue transcrito:

“Estamos amarrados aos códigos coletivos com que comunicamos na vida quotidiana. Mas quem escreve quer dizer coisas que estão para além da vida quotidiana. Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão. Nunca houve tanta estrada. E nunca nos visitamos tão pouco.

Sou biólogo e viajo muito pela savana do meu país. Nessas regiões encontro gente que não sabe ler livros. Mas que sabe ler o seu mundo. Nesse universo de outros saberes, sou eu o analfabeto. Não sei ler sinais da terra, das árvores e dos bichos. Não sei ler nuvens, nem o prenúncio das chuvas. Não sei falar com os mortos, perdi contato com os antepassados que nos concedem o sentido da eternidade.

Nessas visitas que faço à savana, vou aprendendo sensibilidades que me ajudam a sair de mim e a afastar-me das minhas certezas. Nesse território, eu não tenho apenas sonhos. Eu sou sonhável.”



(Mia Couto – trecho de “Línguas que não sabemos que sabíamos” do livro “E se Obama fosse africano? – Ensaios”, Editora Cia. das Letras )



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26 de Novembro de 2012
O Lusofalante tem a alegria de indicar o lançamento do livro de estréia do jovem poeta português, André Tomé, chamado "Insula", lançado pela Editora Lápis de Memórias.




Confira convite via facebook 

André Tomé fez sua pré-estréia na Escultura Sonora montada pelo Lusofalante durante a Semana Cultural da Universidade de Coimbra em março de 2012. Um de seus poemas foi gravado, juntamente com outros poetas Lusofalantes e todos transformados em uma peça sonora instalada em uma espécie de caixa cenográfica. Uma chuva de Lusopoemas com os diferentes Lusofalares.
Vejam mais sobre a Escultura Sonora em Coimbra no link da TV RUC:


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19 de Novembro de 2012

Essa semana o Lusofalante indica:

Palestra incrível de Mia Couto em Conferências do Estoril 2011


E a cantora Concha Buika, espanhola de família da Guiné Equatorial. Um trabalho maravilhoso!



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18 de Novembro de 2012



Essa semana o Lusofalante indica:

Imperdível o documentário sobre Bezerra da Silva dirigido por Simplício Neto e Marcia Derraik. O filme é maravilhoso. Todo composto por depoimentos dos compositores que Bezerra da Silva gravou e do próprio intérprete.
Bezerra da Silva saia com seu gravador à procura dos grande compositores que tinham outras profissões. Uma aula de filosofia, um mergulho na nossa afro-brasilidade tão cheia de swing e de música.



‘Onde a coruja dorme’ dá voz aos compositores dos sucessos de Bezerra da Silva



Os diretores iniciaram a produção em 2005, ano da morte de Bezerra
Foto: Divulgação




RIO - As dificuldades de um diretor de cinema no Brasil não são as mesmas de um compositor da favela. Mas perseverança e jogo de cintura ajudam nos dois casos. Simplício Neto e Marcia Derraik começaram a gravar em 1998 um filme sobre os compositores que faziam músicas para Bezerra da Silva — moradores dos morros cariocas e da Baixada Fluminense que se dividem entre a arte e profissões como bombeiro, técnico de refrigeração e carteiro.
Graças a um edital, “Coruja” ficou pronto e foi lançado em 2001, ganhando prêmios no Festival do Rio, em Gramado, e circulando bem por festivais estrangeiros. Logo depois, ganhou um corte de 52 minutos para tentar emplacar na TV. Por questões de liberação de direitos autorais, nunca saiu da gaveta. Em 2005, ano da morte do cantor, eles entraram em outro edital para fazer uma versão longa-metragem. Conseguiram e, assim, entraram na fila dos sem-tela. A chance de conseguir o dinheiro para a distribuição viria cinco anos depois, com outro edital. Só agora, resolvidas as liberações de músicas, “Onde a coruja dorme” chega aos cinemas — a estreia é nesta sexta-feira. Malandro, no fim das contas, é malandro.
— Junto ao dinheiro dos editais, o boom dos documentários de música nos ajudou — conta Simplício. — As gravadoras, quando montamos a versão para TV, nem quiseram conversar sobre a liberação das músicas. Agora, acho que compreenderam a importância desse tipo de filme.
Se na versão de 52 minutos jornalistas de música e especialistas em violência urbana comentavam a obra daquele grupo de compositores, no filme mais recente a única voz que se ouve é a dos próprios artistas.
— Havia tantas falas boas dos compositores, vimos que não precisávamos daqueles especialistas para legitimá-los — diz Simplício. — Pudemos pôr mais pagodes, entrar em mais assuntos. Passamos de uma linguagem televisiva para uma mais cinematográfica.
Em poucos minutos, percebe-se que há boas razões pela escolha de se valorizar a voz dos compositores — artistas como Tião Miranda, Pedro Butina, Claudinho Inspiração, 1000tinho, Walmir da Purificação, Adezonilton e Nilo Dias. Suas falas sustentam o filme, passeando por temas caros ao universo de Bezerra: o alcaguete, a sogra, o malandro, o otário, a maconha...
— É a grande agenda política e social do Bezerra, os grandes temas da realidade brasileira — afirma Simplício. — Quando falam do malandro, do otário, se trata de uma discussão sobre ética. O malandro não é nem o cara do crime nem o que entrega o criminoso, é uma figura até difícil de capturar no discurso deles.
As contradições que atravessam o discurso tão fragmentado quanto divertido não tiram sua força, acredita o diretor.
— É uma força que nasce da vivência. Bezerra fala que ia atrás dos compositores onde a coruja dorme, eles sabiam onde a coruja dorme — define Simplício. — E são coroas, sobreviveram à guerra sem se tornarem bandidos. Malandragem tem a ver com técnica de sobrevivência.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/onde-coruja-dorme-da-voz-aos-compositores-dos-sucessos-de-bezerra-da-silva-6613656#ixzz2CcpZkRg3 
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Arthur Bispo do Rosário




Compartilho o link de um grande artista brasileiro, enviado por Joelma Viggiano, querida amiga do movimento anti-manicomial. O trabalho dele é maravilhoso. Vale a pena conferir livro sobre sua obra que é referência mundial.
Assim definiu Bispo do Rosário: “Os loucos são como beija-flores: nunca pousam, ficam a dois metros do chão”. Vivendo durante meio século recluso em um hospital psiquiátrico, Bispo acreditava estar encarregado de uma missão divina, transformando os materiais dispensados no hospital em resíduos míticos de sua "obra-arca". Leia o artigo aqui: http://ow.ly/fdlew


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Editora Pallas

A Editora Pallas é referência no Brasil em publicações de autores dos países africanos e de livros com temas afro-brasileiros. Suas edições são muito cuidadas, um primor. Parabéns às queridas e competentes Cristina e Mariana Warth e à toda a equipe! Imperdível!






30 de Outubro de 2012

Malangatana Ngwenya, um dos maiores artistas plásticos de nosso tempo. Moçambicano, escolhido pelas Nações Unidas como artista pela paz. Brilhante e Mestre de muitos saberes. O mundo conhece sua obra, infelizmente no Brasil, temos apenas um exemplar de seus quadros em Recife, PE, na Fundação Joaquim Nabuco. Malangatana faleceu em janeiro de 2011. Tivemos a honra de entrevistá-lo para o Lusofalante. 

28 de Outubro de 2012

Vejam o link do depoimento da jovem e premiada escritora nigeriana Chimamanda Adichie sobre os perigos da história única.
Seu excelente livro "Meio Soll Amarelo" foi publicado no Brasil pela Cia. das Letras.




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27 de Setembro de 2012


Esta semana o Lusofalante indica o site da 10pt criação lusófona. O responsável é o ator português, Miguel Pinheiro que faz um belo trabalho com fotografia, vídeos e peças teatrais, linkando Portugal, Cabo Verde e outros países africanos. Sempre pelo lado mais profundo destes países. É uma ótima dica do Lusofalante, confira o link:




Música
Conheça os músicos e as músicas Lusofalantes:
Stewart Sukuma de Moçambique e Lokua Kanza do Congo, música "Tingalava ny Matlahary ya Ndzilo":
Costa Neto de Moçambique, radicado em Portugal, música, "Mandjolo" (de Costa Neto)



Stewart Sukuma de Moçambique e Elizah do Brasil, clipe rodado em Maputo, música "Wulombe" (de Sukuma)

Maria João e Mário Laginha, de Moçambique/Portugal com Lenine, do Brasil, música "Flor" (de Maria João e Mário Laginha).
Maria João e Mário Laginha, de Moçambique/Portugal , música "Chão de Terra" (de Maria João e Mário Laginha):





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18 de Setembro de 2012

O livro "A Gloriosa Família, o tempo dos flamengos", de Pepetela, escritor Angolano. Lançado no Brasil pela Editora Nova Fronteira, apresentação de Carmen Tindó  Secco, do RJ.
 O romance mostra Angola no século XVII, especialmente os sete anos (de 1642 à 1648) em que os holandeses foram buscar escravos em Luanda. Narrado por um escravo, dá ênfase à uma "história dos vencidos". Através de um plurifoco de narrativa, Pepetela revisa a História buscando mostrar os conteúdos silenciados pelos discursos oficiais.
Pepetela é o pseudônimo literário do escritor (palavra que em umbundo, uma das línguas de Angola, significa "pestana"). Nasceu em 1941 em Benguela. Ganhador de vários prêmios literários como o Prêmio Camões em 1997.


Outro angolano da nova safra é Ondjaki, escritor, poeta, cineasta, nascido em Luanda em 1977, recebeu vários prêmios, entre eles o Jabuti /Juvenil, no Brasil em 2010.
Traduzido em vários idiomas, tem sua obra lançada no Brasil pela Editora Pallas.
Confira de Ondjaki o "Há prendisajens com o Xão (o segredo húmido da lesma & outras descoisas)" em que homenageia o poeta brasileiro Manuel de Barros e "A bicicleta que tinha bigodes, estórias sem luz elétrica", uma deliciosa estória de muitas idades. 



 A moçambicana Paulina Chiziane, que tem uma obra fantástica, como outros escritores africanos, tem poucos títulos lançados no Brasil.

O "Nicketche, uma história de poligamia" está no Brasil pela Editora Cia. das Letras. Paulina Chiziane é uma das entrevistadas do Lusofalante. Com uma linguagem brilhante, forte e densa, nos remete imediatamente aos cenários únicos cheios da diversidade que é Moçambique.

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